Latin America Climate Summit
20/10/2022
Trench Rossi Watanabe acompanhou as discussões do Latin America Climate Summit, evento promovido pela IETA – International Emissions Trading Association no Rio de Janeiro. O tema das discussões esse ano foi “Where Carbon Markets Meet to Drive Climate Action Forward”.
As principais discussões foram:
- A América Latina tem um enorme potencial de geração de créditos de carbono e já vem recebendo inúmeros projetos e iniciativas voltadas para tanto. O Brasil, em especial, não pode perder seu protagonismo no mercado internacional. Uma regulamentação adequada, ainda que limitada num primeiro momento, destravará investimentos e trará maior segurança jurídica aos negócios.
- Melhorar a imagem do Brasil no cenário internacional, por meio de medidas efetivas de combate ao desmatamento e fiscalização, é fundamental para trazer maior credibilidade ao crédito gerado no Brasil e aumentar seu valor no mercado.
- Mercado de carbono é apenas um braço dos ativos financeiros verdes. Deve-se pensar esses produtos de forma mais ampla. Há necessidade de regulamentação da lei de Pagamento por Serviços Ambientais.
- Defendeu-se uma maior participação e voz do setor privado nas discussões e decisões do Governo Federal sobre carbono.
- Instituições financeiras precisam de clareza sobre a natureza jurídica do crédito de carbono e maior transparência no reporte de projetos. Há preocupação com a fragmentação do mercado e a fungibilidade dos créditos brasileiros com outros mercados.
- Bancos também vêm conduzindo iniciativas voltadas para a desoneração do processo de due diligence e melhoria da governança dos projetos, com foco em comunidades.
- Investimento em tecnologia é fundamental para aumentar o volume de créditos, monitorar e garantir integridade/ permanência.
- Metodologias (standards) precisam ser revisitadas e atualizadas para refletir a realidade de cada país/ bioma. Muitas metodologias precisam ser adaptadas para a realidade brasileira – questão de credibilidade, integridade.
- Assuntos climáticos ainda são muito elitizados. Assim, é preciso traduzí-los para o produtor rural, investidor, consumidor e demais players. Os contratos via de regra são de longo prazo, o que é visto como uma barreira pelo produtor rural.
- Há urgência na qualificação de mais profissionais para a condução dos projetos. Há uma preocupação com a qualidade das informações e dados produzidos.
Nosso time de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade está à disposição para discutir mais detalhes do evento.
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